Geopolítica ambiental e movimentos sociais nos territórios amazônicos (GAMSTA)

INTRODUÇÃO
Eesa linha de pesquisa foi concebida para investigar e analisar as dinâmicas territoriais e os conflitos socioambientais na Amazônia, considerando a atuação de movimentos sociais, povos tradicionais e comunidades locais na disputa por recursos e direitos. Trata-se de uma abordagem interdisciplinar e crítica, sem delimitações geográficas rígidas, mas com ênfase na região amazônica, dada sua centralidade nas discussões sobre degradação ambiental, governança territorial, atividades de organizações civis e justiça socioambiental.
QUAIS SÃO OS OBJETOS DE PESQUISA?
Os objetos de pesquisa da linha Geopolítica Ambiental e Movimentos Sociais nos Territórios Amazônicos (GAMSTA) abrangem a análise das dinâmicas territoriais e dos conflitos socioambientais na Amazônia, considerando:
  • Disputa por terras e recursos naturais, incluindo processos de grilagem, desmatamento, mineração e expansão do agronegócio.
  • Resistência e organização dos movimentos sociais e povos tradicionais, investigando estratégias de mobilização, redes de apoio e formas de enfrentamento a ameaças territoriais.
  • Políticas públicas e governança ambiental, avaliando programas de regularização fundiária, proteção de áreas de conservação e implementação de políticas climáticas e socioambientais.
  • Impactos socioambientais das grandes infraestruturas, como hidrelétricas, rodovias, portos e projetos de extração de recursos, analisando suas consequências para as populações locais.
Além disso, a linha investiga como as mudanças climáticas afetam as relações entre sociedade e território na Amazônia, destacando a vulnerabilidade socioambiental e a luta por justiça ambiental em um contexto de transformações globais.
JUSTIFICATIVAS PARA A EXISTÊNCIA DESSA LINHA DE PESQUISA
A complexidade territorial da Amazônia, marcada por intensos conflitos fundiários, expansão de atividades predatórias e resistência de comunidades tradicionais, demanda uma abordagem interdisciplinar para compreender as disputas geopolíticas e socioambientais na região. A crescente pressão sobre os recursos naturais, impulsionada por desmatamento, mineração, grandes empreendimentos e agronegócio, intensifica desigualdades e ameaça modos de vida ancestrais, tornando essencial a produção de conhecimento crítico e aplicado.
O QUE ESPERAR DESSA LINHA DE PESQUISA?
Os integrantes da linha Geopolítica Ambiental e Movimentos Sociais nos Territórios Amazônicos (GAMSTA) terão a oportunidade de desenvolver análises críticas e aprofundadas sobre os processos socioambientais que moldam a Amazônia, capacitando-se para atuar na interface entre pesquisa acadêmica, políticas públicas e atuação social. A linha oferece uma abordagem interdisciplinar, combinando:
  • Pesquisas de campo, para compreender as dinâmicas territoriais, os impactos ambientais e a resistência das populações locais diante de conflitos fundiários e exploração de recursos naturais.
  • Uso de geotecnologias, incluindo sensoriamento remoto, SIG e modelagem preditiva, para monitorar processos de degradação ambiental e transformação dos territórios.
  • Análises políticas e jurídicas, voltadas para entender o papel do Estado, das empresas e dos movimentos sociais na formulação e implementação de políticas de governança ambiental.
Os pesquisadores dessa linha poderão atuar em diversas frentes, como universidades, centros de pesquisa, organizações da sociedade civil e instituições públicas, contribuindo para o fortalecimento de políticas socioambientais mais justas e sustentáveis. Além disso, terão acesso a um ambiente colaborativo e inovador, estimulando o desenvolvimento de novas metodologias e perspectivas sobre os desafios geopolíticos da Amazônia.
QUAL É O PERFIL DE INTEGRANTE DESEJÁVEL?
O integrantes devem ter interesse em compreender as complexas relações entre meio ambiente, território e sociedade na Amazônia. É desejável que tenha afinidade com abordagens interdisciplinares, envolvendo geopolítica, socioambientalismo, governança territorial e resistência dos povos tradicionais.
Essa linha é voltada para graduandos e pós-graduandos das áreas de Geografia, Ciências Sociais, Ciência Política, Direito, Gestão Ambiental e afins, que possuam:
  • Interesse por políticas públicas e justiça socioambiental,
  • Abertura para metodologias qualitativas e quantitativas,
  • Engajamento com movimentos sociais e comunidades locais,
O perfil desejável é de pesquisadores críticos e propositivos, comprometidos com a produção de conhecimento voltado para a defesa dos direitos socioambientais e a sustentabilidade dos territórios amazônicos.

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